Protocolo de morte encefálica é tema de aula para estagiários de Enfermagem

Como aplicar o protocolo para a determinação da morte encefálica de um paciente foi tema de aula para estagiários de Enfermagem do UniSalesiano, na última sexta-feira (14/02). O procedimento é o ponto inicial para uma possível captação e doação de órgãos.

A aula foi ministrada pelo coordenador da CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante) da Santa Casa de Birigui, Márcio Roberto Teodoro, que relatou também o trabalho da comissão e da OPO (Organização de Procura de Órgãos) de São José do Rio Preto.

A morte encefálica pode ser definida como a perda completa e irreversível das funções do encéfalo – parte que comanda todas as atividades do organismo. Quando a morte cerebral acontece, há perda das funções vitais, como da consciência e da capacidade de respirar.

Conforme Teodoro, para que a morte encefálica seja confirmada é obrigatório a realização de dois exames clínicos que confirmem o coma não perceptivo e ausência de função do tronco encefálico e um teste de apneia, feitos por dois médicos devidamente habilitados.

“Após os exames clínicos, um terceiro médico é chamado para realizar um exame complementar comprobatório de imagem, chamado de doppler transcraniano. Esse exame vai comprovar a ausência de fluxo sanguíneo no cérebro”, explicou.

Em caso positivo da morte cerebral, a OPO é acionada e é feita abordagem com a família para fornecer as devidas orientações para uma possível captação de órgãos. “Nesta situação, apenas a família é quem pode autorizar ou não a captação e doação”, disse o coordenador da CIHDOTT.